segunda-feira, 11 de abril de 2011

Wellington Menezes na escola: Histórico escolar ou morte?

12. Doze foi o número de mortos em uma escola do Rio de Janeiro por uma atitude quase que inacreditável de um homem que reflete o descaso perante o ser humano, bem como o não despertar para uma mudança da realidade social. Mesmo que o assassino tivesse problemas históricos que lhe permitisse pensar e agir de forma brutal, saliento que nada justifica o crime e a atitude lamentável que destruíram sonhos de muitas pessoas. Mas não foram só doze crianças mortas? E você pensa que doze é pouco? E quantas dessas crianças iriam contribuir para outros sonhos? Quantas poderiam mudar de vida e conseqüentemente melhorar a vida de outras pessoas? Então tivemos os sonhos interrompidos de muitas pessoas. Diante de tal fato, convido-os a refletirem sobre o acontecimento levando em consideração as pessoas que diretamente e/ou indiretamente tem relação com a instituição de ensino. Imagine os alunos do colégio, cenário da barbaridade, ao retornar para assistir as aulas. Como pensar de forma tranqüila do professor que assistira todo aquele fato junto com os estudantes, e que ao retornar terá que desenvolver as atividades com os “flashes” do acontecido na mente e na presença do local onde tudo aconteceu? Não sei como os pais das crianças irão ficar em casa ou trabalhar ao saber que seus filhos irão para uma escola que serviu de cenário para um dos crimes mais trágico e frio do Brasil contemporâneo em seus últimos acontecimentos que marcaram e registram a história da violência. Nos últimos tempos o Brasil evidencia uma série de desastres, dentre eles oriundos da natureza, mesmo que provocados por uma irresponsabilidade de nós seres humanos, desastres acidentais e provocados meio a resultado de atitudes inconseqüentes como roubos e tráficos. Já o acesso as dependências da instituição educacional, sua antiga escola a qual deveria ter uma identificação por fazer parte da sua vida, em uma atitude comprovadamente pensada e premeditada, nos mostra que o País completa suas tragédias numa situação delicada nos mostrando a cada dia que devemos ter medo e cuidado com tudo, pois o que acreditávamos que não poderia acontecer, da forma que aconteceu, se concretizou deixando o povo brasileiro preocupados com o futuro próximo denominado de presente. O atirador também morreu, mas não gostaria que a esperança do brasileiro em ter um país com a minimização da violência tivesse fim. Cerca de 22 pessoas ficaram feridas, então choramos e nos lamentamos pelo acontecimento porque somos humanos e temos sensibilidade para com o próximo, mas infelizmente o assassino não teve. Em virtude do relatado é que percebemos as autoridades querendo trabalhar com leis e execução sobre o caso. Só não entendo que sempre a preocupação ocorre depois do fato ocorrido. A Escola Municipal Tasso Da Silveira torna-se conhecida no mundo pelos noticiários destacando o Brasil como um país extremamente violento. País da próxima Copa do mundo e das Olimpíadas de 2016. Perplexidade e dor caracterizam o momento, em que a mídia aproveita toda e qualquer fragilidade das famílias afetadas e dos sensibilizados, a fim faturar em audiência ultrapassando os limites da comunicação justa e menos sensacionalista. Entretanto, não se pode negar que da mesma forma do acontecido no Texas nos EUA, podemos nos entristecer com tanta brutalidade em um espaço que teria fama de ser um lugar tranqüilo. Ao ver alguém recluso, terei medo dele porque poderá ser um assassino? Se eu era calmo, posso ser internamente agitado ao ponto de planejar um crime coletivo e ser um suicida? Será que terei medo do meu filho ir para a escola, pois ele pode nunca mais voltar? Quantos são vítimas de uma sociedade que me permite agir racionalmente para o mal? Podemos afirmar que os valores se invertem, no qual o assassino é o grande herói da história? A sociedade brasileira precisa refletir e entender que necessitamos de mais “humanidade”, de paz interior e de oportunidades para um futuro melhor. As escolas precisam contribuir para uma instrução, mas principalmente para a formação do cidadão de bem, capaz de enxergar que nem sempre no mundo as coisas acontecem como desejamos, mas devemos administrar da melhor forma possível, com o intuito de obter evidências dos nossos desejos nos momentos da vida como merecimento de uma grande luta por uma vida melhor, e acima de tudo, acreditar que é possível se viver com amor. André Luis – Dedeko

Um comentário:

  1. Concordo , nada justifica a frieza desse rapaz em matar 12 crianças(e por sorte não foram mais) no meu blog fiz meio que uma análise disse com o bullyng , uma coisa muito presente hoje em dia ... adorei o texto !
    Enfim, sou aluna do Zeferina e amei sua aula ;D
    haha bejo ;*

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